(Foto: Reprodução)
Um grupo de 63 advogados protocolou uma notícia-crime contra o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista comparar as manifestações do 7 de Setembro com uma “reunião da Ku Klux Klan”.
Eles fazem parte do Movimento Advogados de Direita Brasil e moveram a ação neste sábado (10). O grupo classifica as declarações de Lula como “covardes” e as descrevem como uma “ofensa de proporções inimagináveis”.
– Atribuir a milhões de brasileiros ordeiros, das mais diversas etnias, trabalhadores que movimentam este país (…) qualquer afinidade com o grupo Ku Klux Klan, uma organização criminosa e terrorista formada por supremacistas brancos, que surgiu nos Estados Unidos depois da Guerra Civil Americana com o intuito de perseguir e promover ataques contra negros, afro-americanos e seus defensores, conhecidos por suas vestimentas peculiares com capuzes brancos e por promoverem o espancamento e enforcamento de pessoas, é reprovável e inadmissível pela correlação em si – diz o documento.
O grupo pede a aplicação da lei eleitoral, pontuando que a fala se enquadra nos artigos 323 e 325, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), e no artigo 20, §2º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP).
A declaração de Lula ocorreu em comício em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira (8).
– Foi uma coisa muito engraçada, que no ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz, porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador – disse na ocasião.
Posteriormente, em coletiva de imprensa nesta sexta (9), ele alegou que se referia apenas ao palanque, e reforçou a sua fala.
– O palanque aqui de Copacabana, pela fotografia que eu vi, e eu só vi na televisão, era supremacia branca no palanque. Eu até comparei que parecia um pouco a Ku Klux Klan. Só faltou o “capucho”, só faltou a máscara. Porque era isso o palanque – insistiu.