(Foto: Folha do Sul)
Assim como muitos, no início da pandemia, a professora de matemática Lenir Costa Vieira perdeu sua principal fonte de renda, quando foi exonerada da Prefeitura Municipal de Vilhena, devido a suspensão das aulas presenciais, e hoje busca, na revenda de chás naturais e folheados, um complemento para o orçamento familiar, que foi prejudicado com a falta de seu salário.
Em entrevista ao FOLHA DO SUL ON LINE, Lenir afirmou ter sido pega de surpresa com a exoneração, ocorrida no início de abril, uma vez que seu contrato estava previsto para ser encerrado somente em outubro, porém, a ela firmou não ter passo por dificuldades devido o setor de informática, ramo de trabalho do marido, ter sido mais requisitado na pandemia e, como professora de matemática é “boa de contas”, não tendo se endividado, contando com o salário que receberia da prefeitura.
Outra situação que dificultou ainda mais a situação de Lenir, e que já foi divulgada pelo site como sendo a realidades de vários servidores exonerados na pandemia, é o fato de não ter recebido seu acerto e não ter direito ao auxilio emergencial do Governo Federal, já que o vínculo empregatício com o município ainda está vigente, mesmo sem salário.
“O encerramento do contrato antecipado eu até entendo devido as circunstâncias, apesar de já ter dado início ao conteúdo com os alunos e ter que deixá-los assim de uma hora para outra, mas já que exoneraram, poderiam pelo menos agilizar o rompimento do vínculo para que eu pudesse receber o auxílio, que é um direito meu como autônoma que agora sou”, desabafou a professora.
Tendo que se reinventar, Lenir retomou às revendas de folheados, prática que já mantinha, porém, não com muita intensidade, e acabou incrementando seu estoque com uma linha de chás naturais, para aumentar ainda mais as chances de venda.
“A pandemia me prejudicou como professora e continua me prejudicando como revendedora, pois a internet tem se tornado um campo arriscado para vendas, e nessa área, preciso do contato com minhas clientes e nem isso podemos ter como antes, mas vamos superar tudo isso, afinal, somos fieis a Deus e Ele sempre nos honrou”, concluiu a educadora.
Fonte: Folha do SulAutor: Leir Freitas