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Mais de 10 municípios de Rondônia já foram afetados pelas chuvas que caem no estado e nas regiões próximas desde o início do mês. Ao menos seis rios encheram ou transbordaram causando alagamentos, isolando comunidades indígenas e tirando famílias de casa.
De acordo com o governo de Rondônia, cestas básicas, kits de limpeza doméstica e higiene pessoal, além de garrafas de água foram adquiridas para prestar apoio aos municípios que pedem ajuda.
A Defesa Civil informou que, em uma semana, prestou apoio em pelo menos quatro municípios.
Ji-Paraná
O Rio Machado chegou à marca de 10,79 metros. Em uma semana, o nível subiu mais de um metro e famílias precisaram ser retiradas de casa por conta de alagamentos. O rio Urupá também encheu e causou problemas no município.
No ano passado, o Machado atingiu a marca histórica de 11,67 metros: a maior em 45 anos. Nesta segunda-feira (26), o rio está em 10,38 metros, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Porto Velho
Os Karipunas de Rondônia ficaram desabrigados depois que a água do rio Jaci Paraná atingiu a Terra Indígena. Por conta das chuvas, uma das pontes que dá acesso à comunidade foi destruída, deixando o povo isolado. Também houve rompimento de fossas e o comprometimento dos poços artesianos da aldeia.
Guajará-Mirim
O rio Pacaás alagou pelo menos quatro aldeias na TI Uru-Eu-Wau-Wau. Casas ficaram praticamente submersas e algumas famílias tiveram que se abrigar em barcos. Plantações também foram afetadas.
Jaru
A água do rio Jaru tomou conta das ruas do município homônimo e também danificou pontes da zona rural. Famílias de ribeirinhos foram retiradas de casa por conta da cheia do rio.
O nível ultrapassou 10 metros, mas abaixou ao longo da semana e nesta segunda-feira (27), chegou aos 8,74 metros.
Nova Brasilândia
Inundações e desbarrancamentos foram alguns dos danos registrados em Nova Brasilândia. Segundo a Defesa Civil, famílias ficaram isoladas na zona rural e quase 2 mil alunos ficaram sem frequentar a escola por conta de estradas e pontes danificadas.
O Município decretou situação de emergência na última terça-feira (21) por conta dos perigos e estragos causados pela chuva.
Alta Floresta
Alta Floresta do Oeste (RO) também decretou situação de emergência na última semana. Algumas famílias ficaram desalojadas ou desabrigadas. A zona rural foi a mais afetada. Na Terra Indígena Rio Branco, pelo menos sete comunidades foram alagadas.
De acordo com a Defesa Civil, novas chuvas ocorreram na cabeceira do rio Branco e o nível das águas ainda é alto. Nas últimas aldeias da TI, só é possível chegar pelo rio, já que o trecho de terra foi consumido pelas águas.
Campo Novo
Ruas e estradas de Campo Novo de Rondônia (RO) ficaram inundadas devido a um forte temporal, no início do mês. Moradores contaram que a água subiu rápido e ao menos três rios transbordaram.
Imagens feitas por moradores mostram uma estrada totalmente encoberta pela água. Em outro vídeo é possível ver que uma casa da zona rural ficou quase submersa.
Buritis
Pontes no distrito Rio Branco ficaram danificadas e vária estradas alagadas. Com a cheia na região, militares do 5º Grupamento de Bombeiros de Rondônia auxiliaram as famílias na travessia com barcos.
Alerta Laranja
Na manhã desta segunda, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um Alerta Laranja de perigo de chuvas intensas. Quase todo o estado de Rondônia está sob o aviso. Segundo o Inmet, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Segundo especialistas, as chuvas que atingem as cidades de Rondônia durante o mês de março estão acima da média.
A média histórica de chuva do mês de março foi superada nos primeiros 21 dias do mês. De acordo com o Sipam, a normal climatológica 1961-1990 do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de 273,9 mm, mas logo nos primeiros 21 dias do mês, o estado registrou um acumulado de 366,8 mm