Júnior Gonçalves (Foto: Divulgação/Governo de Rondônia)
O governo de Rondônia confirmou nesta quarta-feira (9) que após decisão judicial, Júnior Gonçalves, retorna ao cargo de secretário-chefe da Casa Civil do estado. Ele foi denunciado pelo Ministério Público como suposto líder de um grupo criminoso especializado em fraudes nos procedimentos licitatórios e corrupção dentro do governo.
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) aconteceu no dia 14 de maio relevando as suspeitas e o secretário deixou suas funções administrativas no mesmo dia.
A decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ-RO), de reconduzir Júnior ao cargo, foi homologada no início da tarde desta quarta-feira (9). Ele deve retornar às funções a partir da quinta-feira (10). O processo segue sob sigilo.
Quando foi afastado, Júnior Gonçalves declarou que foi notificado sobre a operação e se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos.
"De antemão, esclareço a todos que confio na justiça e tenho total convicção de que a verdade prevalecerá", disse através de nota.
Operação
O GAECO deflagrou em 14 de maio a segunda fase da Operação Propagare, que investiga a atuação de um grupo criminoso especializado em fraudes nos procedimentos licitatórios e corrupção dentro do governo.
"Apurou-se que a organização criminosa é supostamente liderada pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, que conta com o auxílio e colaboração de seu advogado particular, o qual detém importante função na interlocução entre o agente político com os servidores e empresários do ramo de publicidade, razão pela qual a promotoria de Justiça representou pelas medidas", disse o Gaeco.
Resumo dos indícios
A quebra de sigilo bancário apontariam pagamentos de vantagens indevidas ao secretário-chefe da Casa Civil;
Os pagamentos seriam por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários; advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado de Júnior;
O objetivo do grupo criminoso seria garantir contratos de prestação de serviços de publicidade no âmbito do governo estadual;
O prejuízo aos cofres ao público seria milionário, segundo o MP.
Fonte: G1 Rondônia