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Com denúncia de fraude em contrato de R$ 37 mi na Saúde, prefeito troca secretário e procurador de Ji-Paraná

Três novos nomes foram anunciados para compor a equipe da administração municipal. R$ 37 milhões que seriam supostamente desviados fazem parte de recursos do combate da Covid-19

Publicada em 08/06/21 as 16:36h por Plan FM Vilhena - 103 visualizações

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Sede da Prefeitura de Ji-Paraná, em Rondônia  (Foto: Reprodução/Secom Ji-Paraná)
Um dia depois da Operação Colapso revelar um esquema criminoso que tentava desviar R$ 37 milhões da Secretaria Municipal de Saúde de Ji-Paraná (RO), o prefeito Isaú Fonseca decidiu trocar o comando da secretaria e também da Procuradoria-Geral do município.

Os novos nomes que vão compor a equipe da administração municipal, de forma interina, são:

Vanessa de Oliveira da Silva, que vai comandar a Secretaria de Saúde

Armando Rigota, na Procuradoria-Geral

Adriana Bezerra Reis, presidente da Comissão de Licitações

A assessoria da prefeitura de Ji-Paraná não divulgou o currículo dos novos chefes, mas a Rede Amazônica apurou que os três já eram servidores públicos e vão assumir os novos cargos de forma interina.

Eles vão ocupar os cargos de Ivo da Silva, Ricardo Marcelino Braga e Claudinei Henrique de Oliveira, que foram afastados dos cargos após serem apontados pela Polícia Civil como possíveis integrantes de uma organização criminosa.

Ivo da Silva era secretário municipal de Saúde, enquanto Ricardo Marcelino Braga exercia a função de Procurador-Geral. Já Claudinei era Presidente da Comissão de Licitações. Juntos, segundo a Operação Colapso, eles fizeram um contrato fraudulento (com dispensa de licitação) no valor de R$ 37 milhões.

Os R$ 37 milhões que seriam supostamente desviados fazem parte de recursos do combate da Covid-19. Isso porque o documento assinado com a empresa Ultramed previa a manutenção e ampliação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Centros de Tratamento Intensivos.

Polícia interviu antes de 'rombo'
Em entrevista na segunda-feira (7), dia da operação, o delegado Thiago Flores contou que a Polícia Civil decidiu intervir e deflagrou a ação policial antes de qualquer pagamento do contrato ser efetuado.

"Nós nos vimos [durante a investigação] numa situação que tínhamos duas opções. Ou esperar a concretização dessa licitação fraudulenta, e com isso o dinheiro público escorrer pelo ralo da corrupção, ou nos anteciparmos e, de maneira preventiva, que o contrato finalizasse", diz Thiago Flores, diretor de Polícia do Interior.

O que diz a prefeitura?
Em uma coletiva de imprensa, o supervisor de assuntos legislativo de Ji-Paraná (RO) afirmou que o prefeito, Isaú Fonseca, não foi intimado pela Polícia Civil e também não é alvo da investigação.

Após a contratação e verificação do processo, segundo Robson Casula, o prefeito determinou que fosse feito uma análise. Ainda em março, o próprio prefeito teria ordenado o cancelamento do respectivo contrato de R$ 37 milhões, com dispensa de licitação.

"A prefeitura não gastou um real com essa empresa. O processo foi cancelado, não houve qualquer andamento que pudesse colocar em dúvida a administração pública", diz supervisor.

Fonte: G1 Rondônia



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