(Foto: Reprodução)
Mais de 1 milhão de aves foram mortas no Chile, em meio a um surto de gripe aviária, causada pelo vírus influenza A (H5N1), desde o final do ano passado. O número inclui tanto os animais vítimas da doença quanto os que foram abatidos preventivamente.
Os primeiros casos foram registrados em aves selvagens, mas em pouco tempo se espalhou nas granjas industriais de todo o país, causando uma grave crise no segmento.
A crise sanitária atingiu fortemente a economia do Chile. O preço dos ovos sofreu um aumento de 35% desde o final do ano passado, quando o surto teve início. O governo anunciou a suspensão das exportações da carne de frango até que a situação esteja controlada.
Risco em humanos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza o acompanhamento epidemiológico da doença, o vírus não infecta humanos facilmente e a propagação de pessoa para pessoa parece ser incomum. No entanto o órgão alerta que, uma vez que o vírus continua a ser detectado em populações de aves, casos humanos são esperados.
Ainda de acordo com a OMS quase todos os casos de infecção por influenza A (H5N1) em humanos foram associados a contato próximo com aves infectadas, vivas ou mortas, ou ambientes contaminados.
"Atualmente, não há transmissão pessoa a pessoa desse quadro de gripe aviária, portanto o risco para os humanos é restrito àquelas pessoas que estão em contato com animais doentes, porém, pessoas infectadas podem ter uma condição grave, por isso é importante ter os sistemas em alerta como nós tivemos e que efetivamente levou à detecção desta condição nesta pessoa e que se espera seja de apresentação bastante esporádica", disse a ministra.
No final de março, o Chile registrou o primeiro caso de gripe aviária em humanos. O paciente é um homem de 53 anos, em quadro grave, porém estável, de acordo com o Ministério da Saúde chileno.
