Manifestantes se reuniram do lado de fora da prisão onde ele está detido, segurando cartazes criticando a nova presidente Dina Boluarte e pedindo o fechamento do Congresso.
"Queremos apenas que a voz do povo seja ouvida. O povo está exigindo que tragam nosso presidente de volta", disse a manifestante Gloria Machuca.
Os protestos ameaçam a logística nas principais minas de cobre e levaram à declaração de toque de recolher em várias áreas do país andino.
Castillo, que é professor e filho de camponeses, obteve vitória eleitoral apertada no ano passado, concorrendo sob a bandeira do partido marxista Peru Livre. Ele foi removido por uma votação esmagadora de parlamentares, que o acusaram de "incapacidade moral permanente" poucas horas depois de determinar a dissolução do Congresso, em 7 de dezembro.
Quatro nações lideradas por presidentes de esquerda - Argentina, Bolívia, Colômbia e México - assinaram nesta semana nota conjunta declarando Castillo "vítima de assédio antidemocrático".
Um bloco de países de esquerda reunidos em Havana, incluindo Cuba, Bolívia, Venezuela e Nicarágua, também apoiou Castillo, rejeitando o que descreveu como "estrutura política criada pelas forças de direita".
A ministra das Relações Exteriores, Ana Cecilia Gervasi, nova no cargo depois que Boluarte substituiu Castillo na semana passada, convocou os embaixadores do Peru na Argentina, Bolívia, Colômbia e México para consulta.
Gervasi escreveu no Twitter que as consultas "referem-se a interferência nos assuntos internos do Peru".