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A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira, 24, derrubar a decisão que garantia nacionalmente o direito ao aborto legal no país. Com isso, agora caberá a cada estado norte-americano decidir se permite ou não a interrupção da gravidez.
Por seis votos contra três, os juízes derrubaram a chamada 'Roe contra Wade', uma decisão histórica da própria Suprema Corte da década de 1970 que estabeleceu o direito ao aborto nos Estados Unidos.
A decisão, já adiantada por um rascunho vazado pela imprensa em maio, representa uma vitória para o Partido Republicano e as alas conservadoras e religiosas do país, que queriam proibir esse tipo de procedimento.
Com a derrubada da decisão 'Roe contra Wade', os Estados Unidos voltam à situação anterior a 1973, quando cada estado era livre para proibir ou autorizar o aborto.
Entre 26 estados conservadores, a maioria no centro e sul do país, como Wyoming, Tennessee e Carolina do Sul estão prontos para proibir a prática por completo. Mas ao menos 11 estados mais democratas, incluindo Califórnia, Novo México e Michigan, já anunciaram planos para garantir o direito ao aborto por lei.
Isso significa que mulheres que quiserem interromper a gravidez em estados onde a interrupção da gravidez fica proibida terão que se deslocar às vezes por longos trajetos até chegarem a um local onde é permitida. Os estados democratas também já expressaram a preocupação de que o novo modelo poderá sobrecarregar seus hospitais e centros que seguirão realizando o aborto.