(Foto: Divulgação/Jetpack Aviation)
A empresa Jetpack Aviation concluiu os testes do projeto Speeder para o desenvolvimento de uma aeronave que faz decolagens e pousos na vertical. Segundo a companhia, o veículo, que parece uma moto, chegou a quase 490 quilômetros por hora.
Realizados no sul da Califórnia, os testes com o protótipo P1 da aeronave, feito em chassis de alumínio, foram considerados satisfatórios pelos pesquisadores da empresa. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, a Aerospace Testing International ressaltou que a aeronave “demonstrou capacidade para decolar, subir, flutuar, guiar e realizar transições lentas de voos para frente”.
O Speeder pode alcançar uma altitude de quatro quilómetros e meio. Tem capacidade de voo automatizado a 482,8 quilômetros por hora, inclusive com carga a bordo com peso máximo de 270 kg. A fabricante recomenda ainda que, em voos tripulados, a aeronave opere a uma velocidade menor para não comprometer visão e respiração do piloto.
Uma das grandes vantagens é o fato de o veículo ser pequeno o suficiente para poder ser transportado num trailer, além de não precisar ser carregado antes da decolagem.
O CEO da Jetpack Aviation, David Mayman, disse ao New Atlas que o objetivo da empresa é tornar o Speeder modular, com diferentes tipos de estrutura e propulsão, para atender às diferentes necessidades dos clientes. Um dos potenciais utilizadores do veiculo poderia ser a Marinha dos Estados Unidos.
A Jetpack Aviation já desenvolve a próxima versão, o P1.5, que deverá usar uma estrutura menor em painéis de fibra de carbono. Este último irá se parecer mais com as versões de produção final.
O custo inicial do Speeder era de 380 mil dólares (quase R$ 2 milhões), mas, segundo Mayman, é provável que o preço da aeronave suba. A Jetpack Aviation recebeu apoio financeiro da empresa Tim Draper, que, segundo a rede CNBC, foi um dos investidores iniciais da Tesla e da SpaceX, ambas do empresário Elon Musk.
Atualmente, as aeronaves desenvolvidas pela Jetpack Aviation utilizam combustíveis fósseis, como diesel e querosene, mas o CEO da empresa está comprometido a oferecer veículos sustentáveis, com emissão zero de carbono.
