O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou nesta 4ª feira (27.mar.2024) a política monetária do Banco Central em relação aos juros. “Tem que alinhar melhor. Estudar mais. Está faltando estudar um pouco fundamentos da economia”, declarou a jornalistas.
De acordo com o ministro, a estratégia de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação “é a forma burra de fazer”.
Juros mais altos tendem a controlar a inflação, ou seja, o aumento de preços em geral. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços não aumentam de forma tão rápida.
O Banco Central reduziu o juro base de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano em 20 de março. Foi a 6ª vez que houve diminuição de 0,50 ponto percentual no indicador.
Entretanto, a autoridade monetária sinalizou que o último corte seguido de meio ponto percentual na taxa básica deverá ser realizado na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 7 e 8 de maio. As quedas podem ser menores ou nem sequer existir nos encontros seguintes.
Marinho diz que a redução dos juros deve ser feita por meio do fomento de empresas à criação de emprego.
O governo anunciou nesta 4ª feira (27.mar) que o Brasil criou 306,1 mil empregos com carteira assinada em fevereiro de 2024 –aumento de 21,2% na comparação com o mesmo mês de 2023.
GOVERNO CRITICA BC
O patamar atual da Selic é alvo de constantes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seus aliados, mesmo depois do início dos cortes.
Em 11 de março, o petista disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contribui para um “atraso monetário” no Brasil.
“Não tem nenhuma explicação os juros da taxa Selic estarem a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, nenhuma explicação inflacionária. Não existe nada a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, disse Lula em entrevista ao SBT.